Purple Metrics - Gabriel Costa (Mineiro) fala sobre a estratégia de Branding e Growth na Singu, Merlim e GLA

Gabriel Costa (Mineiro) fala sobre a estratégia de Branding e Growth na Singu, Merlin e GLA

01/09/2023

Inspire-se com as ideias inovadoras e estratégias de Gabriel Costa (Mineiro), um engenheiro e especialista renomado em growth. Em nossa entrevista exclusiva, Mineiro compartilha insights valiosos sobre o uso efetivo do branding como ferramenta de crescimento nas empresas Singu, Merlin e Growth Leaders Academy (GLA). 

Ele destaca, por exemplo, como conseguiu transmitir segurança e confiança aos clientes da Singu, como a formação de uma comunidade robusta foi chave da estratégia na GLA e como conseguiu fazer do Merlin uma marca amada e desejada para alcançar um crescimento sustentável.

Além disso, ele discute os desafios atuais e futuros do marketing, incluindo a dependência das grandes tecnologias e o impacto da inteligência artificial na criação de conteúdo. Com uma visão prática, Mineiro aconselha sobre a importância de abordagens simples e eficazes em estratégias de marketing, baseadas em sua vasta experiência em consultoria para empresas de diversos tamanhos, como Pier e Aegro.

Um conteúdo essencial para qualquer profissional que pretende entender melhor como integrar branding e growth de maneira eficaz. 

Purple Metrics: Como foi a decisão de usar branding como estratégia de growth tanto da Singu quanto no Merlin e no GLA?

Foram motivos diferentes, na verdade. 

Na Singu, a nossa maior objeção era o medo das clientes de receber uma pessoa desconhecida em casa e se os equipamentos estariam esterilizados. A gente sabia que o processo interno (de seleção dos profissionais) era muito foda. Mas não bastava ser seguro, tinha que parecer seguro, e isso é o que muda o jogo. Por coincidência a Tahiana D’Egmont tinha um desafio similar na MaxMilhas, que era sustentar o “é bom demais pra ser verdade”. Então, esse foi um insight que guiou a estratégia da Singu: a gente precisava parecer maior do que realmente era. Aí vieram ações como ter a Débora Secco como sócia, a gente fazia a unha das modelos da Vogue, a L’occitane, depois foi nossa parceira, fomos ficando parceiros de várias marcas como DogHero, Desinchá etc. 

O do GLA foi mais espontâneo no início (a questão de criação da comunidade) e agora estamos arquitetando um pouco melhor a estratégia com base nisso.

Já o Merlin nasce com a lógica forte da vantagem injusta: o que a gente tem que, mesmo quem tem muita grana, teria dificuldade de copiar? O que posso fazer para tornar a vida dos meus futuros concorrentes mais difícil? Aí que eu vi que minha marca teria que ser muito mais amada e desejada. Isso também ajuda a pessoa a ter mais boa vontade para usar o produto. E isso afeta o crescimento completamente.

Purple Metrics: Qual parte do futuro do marketing mais te dá frio na barriga?

Com todo o crescimento de social e ads, eu vejo que a gente tem ficado muito refém de poucas empresas. E se dá uma louca no algoritmo? Então, eu sou muito fã de conteúdo proprietário. Eu acho que tem que aproveitar Youtube, TikTok etc, mas não dá para ficar dependente de apenas um desses canais. Uma segunda coisa que tem se falado muito é sobre o risco de AI para criação de conteúdo. Mas sinceramente, acho que se você tem um bom conteúdo, ele vence o conteúdo “água-com-salsicha” que tem sido feito em ChatGPT. Então, acho que a dependência das big techs me incomoda mais. 

Purple Metrics: Um aprendizado ou conselho que você passou adiante recentemente

Eu sou uma pessoa que tenta ao máximo simplificar as coisas. Então, passando por empresas de todo tamanho para ajudar com consultoria, vejo que tem gente que não está fazendo o básico, o arroz com feijão. As mesmas empresas querem às vezes oferecer um valor altíssimo para fazer eu sugerir uma estratégia muito básica, e eu até tento avisar que é um valor alto demais. Eu vejo que às vezes elas só precisam mesmo é de um endosso de alguém mais experiente para dar o sinal verde de que eles podem seguir por uma estratégia mais básica, ao invés de algo muito sofisticado. 

Purple Metrics: Quem foi sua mentora ou mentor mais marcante e como essa relação começou?

Sem sombra de dúvida, foi o Ionan Fernandes, que foi meu diretor na RD e em todos os momentos de tomada de decisão de carreira e quando eu precisava de incentivo, ele foi o que mais contribuiu. Além disso, ele me conhece pessoalmente muito bem, então ele faz muito bem as conexões entre como ele pensa, como eu pensou e como ele conduz a mentoria dele comigo, de um jeito muito personalizado. Não tem uma vez que eu não converse com ele que não deixe minha cabeça bugada. 

Purple Metrics: Quem é seu crush profissional e por que?

Eu gosto muito do Reid Hoffman. Ele fundou o Linkedin, produz conteúdo bom, é muito alinhado com as coisas que eu acredito (apesar de eu detestar o podcast dele por causa da edição e os efeitos sonoros). 

Eu também gosto muito do Brian Baulfour, da Reforge. Eu tive a oportunidade de fazer Reforge, ele foi uma super referência de growth na época da RD. 

Purple Metrics: Uma mensagem na garrafa pros brand managers do futuro

Eu adoraria poder dizer pros brand managers do futuro que branding e growth no passado eram áreas que não se davam muito bem, mas que agora isso não existe mais.

 

Sobre o Gabriel Costa (Mineiro)

Gabriel Costa é engenheiro e especialista em growth. Trabalhou como Growth Manager e Sr Product Manager na Resultados Digitais, foi CMO na Singu – marketplace brasileiro de bem estar e beleza -, co-fundou e atualmente é CEO do Growth Leaders Academy e no Merlin. Além disso foi mentor e consultor em empresas tech como Pier e Aegro.

Gostou dessa entrevista? Então aproveite para ler também:

De diretor de arte a “guardião” do branding: um papo com Marcos Quintero, do Mercado Bitcoin

12 métricas para medir branding que provavelmente você não conhecia (e que toda empresa deveria começar a usar já)

O poder dos dados e o futuro do marketing com Luciano Fialho, fundador e CTO da Métricas Boss